sábado, 18 de junho de 2011

O aniversário da Zezé

´Minha querida AVÓ

Meus amigos, hoje vou novamente sair da minha linha de publicações e vou prestar uma homenagem a minha querida avò Zezé, que na data de hoje completa 60 anos. Quero deixar registrada nesta mensagem todo o meu carinho, meu amor e meu agradecimento por tudo que ela tem feito por nos. Ela é uma pessoa maravilhosa e merece toda a felicidade do mundo.
Espero que gostem. Foi escrito com muito amor.

Parte 1 – Contada pelo meu avô

Em fevereiro de 1969 foi quando conheci a mulher que resolveu cuidar de mim e mudar minha vida. Junto com um grupo de amigos fomos à cidade de Porto Ferreira em uma Kombi velhinha, com o propósito de arrumar uma namorada. Era normal naquela época onde as opções de divertimento eram raras e caras, os rapazes irem às cidades vizinhas a procura de diversões, como quermesses, bailes, coisas do gênero. Havia uma grande dose de inocência, mas era também muito divertido.
Às vezes, a chegada de um grupo de jovens numa cidade pequena, como aconteceu comigo quando conheci minha esposa Maria José, nem sempre era bem recebida pelos jovens locais, e inúmeras vezes houve brigas entre visitantes e locais. O propósito era sempre o mesmo: causar boa impressão as mulheres da localidade visitada. Foi uma boa época.
Pois bem, conheci a Zezé na praça central de Porto Ferreira, que era o "point” da moçada da época. Após um flerte que durou quase uma hora, me enchi de coragem e fui lá, instigado pelos amigos, conhecê-la. Uma conversa aqui, outra conversa ali, pronto, saiu o convite: posso te acompanhar até sua casa? E a clássica resposta: não sei! Acabamos de nos conhecer, etc., mas por fim, a concordância. Aquela caminhada seria o inicio de uma jornada de mais de 40 anos juntos. Lamento não saber o dia exato deste encontro, mas sei que este dia mudou minha vida para sempre.


O casamento de 04 de dezembro de 1971
Casamos em dezembro de 1971 e deste casamento nasceram nossos filhos Evandro, Fernando e Maria Fernanda e deles nossos netos Sabrina, Ana Lygia, Juninho, Victor, Luisinho, Murilo, Nathalia e Camila (in memória).
O que pode parecer fácil hoje, nem sempre foi assim, Zezé veio de uma família pobre, de pessoas simples, mas honradas, onde seu Tonico e D.Maria lutaram muito para criar uma família numerosa. Foram 10 filhos.
Hoje, quando a Zezé chega ao Clube dos 60, até nisso ela é minha companheira, pois ingressei neste clube a menos de 01 mês e ela, pra não me deixar sozinho, deu um jeitinho e entrou também, com certeza não vai deixar de lembrar alguns momentos de nossas vidas que ficaram marcadas para sempre, como:
  • O almoço que decidimos nos casar e ela me comprou o terno. Nem pra isso eu tinha dinheiro.
  • O porre que eu tomei no dia do casamento. A festa estava tão boa que acabamos perdendo o trem para Colina, onde seria nossa viagem de núpcias.
  • A noite de núpcias na casa da Claudete. Inesquecível, mas ninguém merece. Era uma casa pequena, sem forro, sem porta, somente uma cortina separava o quarto da sala, onde dormia a familia da Claudete.
  • O nascimento do nosso filho Evandro
  • O roubo da nossa vitrolinha e todos os discos infantis
  • A construção da nossa casa, que fizemos sozinho. A casa era pequena e era a única do quarteirão;
  • O nascimento do nosso filho Fernando
  • O primeiro carro. Um TL azul. Fomos até Aparecida do Norte com ele
  • O nascimento da nossa filha Maria Fernanda
  • O primeiro bom emprego - Concrebrás
  • A mudança para Sorocaba
  • A mudança para Descalvado
  • À volta para nossa primeira casa, agora reconstruída e com vizinhos
  • O casamento dos nossos filhos
  • O nascimento de cada neto
Enfim, se fosse enumerar, certamente o numero de boas lembranças seria muito maior, mas com certeza, a Zezé sabera contar estas e outras boas historias que passamos juntos.
Nesta singela homenagem, que é muito mais que isso, quero reafirmar minha alegria em te-la conhecido, de te-la como companheira e o reconhecimento de ter realmente encontrado a pessoa certa, a pessoa que é o elo mais forte da família. Ela é a grande mãe, a avó adorada e a esposa dedicada.
Espero que um dia possamos compensar todo este amor que ela nos dedica.
Obrigado por tudo
.

Parte 2 – Fatos que vivenciei

Eu, e com certeza minha irmã, Ana Lygia, podemos afirmar que os momentos em que passamos com a minha avó foram e serão sempre mais divertidos, pela sua alegria contagiante, pela sua maneira de nos tratar, com carinho, atenção, sempre a disposição para o que der e vier, mantendo-se ao nosso lado mesmo nos momentos em que estamos errados. Esta é minha querida avó.
Desde criança eu, minha irmã e meus primos, passávamos fins de semana na casa de minha avó, fazíamos uma grande bagunça. Mas teve alguns momentos que ficaram marcados em minha vida e estes são algumas provas de tudo que disse acima.
Por exemplo, muitas vezes durante o almoço de domingo, dia que se reunia toda a família , eu ou minha irmã acabava largando um pouco de comida no prato, e como todo o pai que se preocupa com o filho, o meu falava para comermos tudo e como já estavamos satisfeitos falávamos pra minha avó: “Vó, não estou mais agüentando, já estou cheio” e ela sem hesitar pegava o garfo e faca e comia, ou dava para meu primo Victor, sem que meu pai visse, é claro, sempre com o objetivo de nos ajudar.
Outro acontecimento que sempre ficara guardado em minha memória, foi quando meus avos decidiram levar todos os netos para uma viagem a Caldas Novas. Esta foi a viagem que melhor posso resumir toda atenção que minha avó tinha conosco, mantendo-nos longe dos perigos e unidos sempre com muita alegria. Ela não conseguia se divertir se não estivesse com todos os netos a vista e olha que na epoca estavamos em 05 crianças e eu era o caçula da turma e tinha no máximo 06 aninhos.
Estes são alguns fatos que resumem bem o que minha avó significa para mim, companheira, amiga, alegre, responsável e querida, as cinco virtudes que levam a pessoa a ser adorada e amada por todos, “o que é o seu caso Vó”.
Agora estou na adolescência e morando cerca de 200Km de distancia, mas a distancia não significa que não estamos mais unidos. Praticamente nos encontramos quase todo fim de semana e espero que continue assim, pois quando minha avó vem nos visitar a alegria toma conta de nós e enquanto ela não chega ficamos ansiosos e então fazemos a pergunta de sempre aos meus pais: “Que horas que a vó vai chegar?”. É só tocar a campainha que corremos para atender na esperança de ser ela, e as vezes, podemos até não demonstrar, mas a felicidade e o prazer de estar ao seu lado parece que não cabe no corpo, é muito maior.
Minha avó com meus pais e minha irmâ Ana, no aniversário do meu avô
“Vó, obrigado por ser esta pessoa tão legal comigo, tanto nas horas de festejar com nas minhas conquistas, quanto nas horas de lamentar os meus fracassos, obrigado por tudo. Saiba que o orgulho que tenho de ser seu neto, é algo inexplicável. Obrigado por ser a minha Vô”
Luisinho

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